terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

213 – das biografias, 56



Roland chegou para conhecer o lugar – ou melhor, a “experiência” instalada por Hélio, Tomaso e Vera – no meio da tarde do primeiro dia da coisa. Ficou parado, “experimentando” a visão da moça nua que tentava calçar um sofá capenga com o que, de longe, parecia ser o fichário de um arquivo. Hélio veio recebê-lo: “Que tal, meu caro?”. Roland demorou pouco para responder com outra pergunta: “Trata-se do quê? Um espaço alternativo aos espaços alternativos?”. Hélio também foi rápido: “O que absolutamente não significa que seja um espaço convencional...”. “Não, de forma alguma”, concordou Roland. Nesse instante, sob o olhar dos visitantes, Vera, já encolhida no sofá, roncava.


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