terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

206 – das biografias, 49



Quando Miguel atingiu a ilha, depois de dias à deriva, sozinho e sem comida, a primeira coisa que viu diante de si foi um mamute. Provavelmente jovem, pois não era dos mais altos, mas sem dúvida já imponente. Com a pele grossa, suas presas salientes e um cérebro irracional, o animal media olhares com uma torre de energia elétrica. Um instante de hesitação passou pelo espírito de Miguel. Só passou. Pois no instante seguinte ele já corria para o lado do mamute, a fim de juntar forças contra aquela ameaça que poderia reduzi-los a cinzas com suas descargas luminosas. Ao lado dos mais fracos, sempre, não importa o tamanho do perigo, o bravo Miguel.


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