quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

18o – das biografias, 27


Quando a primeira edição de Le petit aedibus: Guadalumpen foi publicada, em 1918, Tomaso fez questão de comparecer ao lançamento, acompanhado de Margot, para felicitar o autor. Zackarias Dioi era amigo dos mais celebrados escritores do período, embora aparecesse pouco, e este era seu primeiro ensaio de maior fôlego que vinha a público. Graças à influência de Tomaso e de Costa-Halls, a prestigiada Caroussel Edt. encarregou-se da edição, com direito a recepção para convidados, entre eles Ray Bunllys e Xervrai Gott, além de comentadores dos principais cadernos de cultura. Tomaso, enturmado, era um dos mais felizes, pelo amigo e pelo vinho à vontade. Margot, por sua vez, não aguentou muito tempo o papo do jovem Andrèas Allain – promissor poeta, diziam os críticos, sobrinho da aclamada Allès Agatha Allain – e foi sentar-se perto de um senhor de longuíssima barba branca que dormitava numa poltrona mais no canto, junto da bengala. Sentou-se, certificou-se de estar bem acomodada, abriu um exemplar do livro de Zackarias Dioi sobre o rosto e pôs-se a acompanhar o senhor ao lado, para ela o mais interessante de todos os presentes.


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