Quando pensa que pode compreender o sentido daquela fotografia de aniversário, talvez mantendo a atenção nos olhos densos da mãe, talvez na sombra que há à direita do ombro da criança que faz anos ou talvez, ainda, pela atenção ao gesto, ali estático, da mão do pai que parece pedir espaço na cena dos parabéns – quando pensa que pode, mesmo que minimamente, compreender esta imagem, o avião de papel, fixado no teto acima do bolo de festa, passa em rasante, vermelho, deixando a sensação de um arrepio vago.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
20 – do despertar para a imagem, 2
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