Essa dor
de dente e a peruca que escorrega sobre a nuca não serão suficientes para
desanimá-lo. Sobre o peito, pendido do pescoço, o amuleto que o lembra do
destino: não por ser estrela brilhante, e sim por ser corpo cadente, pequenino.
Daí que seus olhos quentes mirem o desafio, o abismo, a distância, o horizonte –
e sem uma desconfiança sequer ele então avança. Mas espere! Ali, sobre sua
testa, em meio às plumas, a duras penas, sim, é possível ver um orifício
escuro: e eis que, diante da ameaça, o íntimo de uma vida involuntária prepara
o acidente.