domingo, 20 de março de 2011

245 - das passagens, 11

Guînller Füik não gostava de pôneis e sentia-se enjoado. Endireitou-se na cama, veio um arroto fundo, então respirou o cheiro de esôfago e sorriu sozinho. Concentrou-se em soltar um pouco mais os ombros. Agora já não entendia a linguagem do filme na TV, mas adivinhava com facilidade, esperto. “Oh, yes! Fuck me! Yes!” A queimadura nas coxas melhorava aos poucos. Quase caía no sono, “oh, meu pai no céu!”, e esticava os dedos dos pés. A Estátua da Liberdade apareceu diante dos seus olhos, peluda e com loura crina, inteira de carne e tomates. “Qual o seu número, senhor?” Füik escolheu o completo.


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