sábado, 5 de março de 2011

231 – das biografias, 61



Um flamboyant de flores bem vermelhas. Um gramado jovem, rente ao chão. Por que logo com o seu melhor amigo, pergunta-se Roberto. E por que deixar isso assim, tão evidente, logo ali, no lugar que mais frequentavam; onde estiveram aquela vez que o preservativo rompeu e onde, algumas vezes, deixaram de estar porque perderam o espaço para o sono justo de um mendigo fedido, que coçava o saco por dentro das calças ao vê-la passar. Logo ali, como um talho aberto em sua própria testa, Roberto, como uma cara de bunda, diante do espelho.


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