Domingo de sol e deserto. Caminham de braços dados pelo espaço aberto na cidade. E brincam de uma nova visão: fecham os olhos e seguem assim, passo a passo, com a confiança que há na aventura. Então os pontos espalham o corpo: a luz aquece o lado direito do rosto, a ponta do nariz e um gato que agora deve dormir na grama; as folhas das árvores se agitam à esquerda e sobre as pálpebras cerradas, até caírem algumas no chão de um pátio recém varrido; e contra o gelado vento do sul, que vem de muito antes, não se sabe quando, os cachos soltos se embaraçam e os braços se apertam mais, a vida e o grosso algodão das blusas sobre a pele.
domingo, 15 de agosto de 2010
29 – das deambulações, 3
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